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terça-feira, 31 de março de 2009

A Diferença

Relata a Sra. Teresa, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da 5ª série primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual. No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Ricardo.
A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal. Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos.
Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações. Ela deixou a ficha de Ricardo por último. Mas quando a leu foi grande a sua surpresa.
Ficha do 1º ano: "Ricardo é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele."
Ficha do 2º ano: "Ricardo é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil."
Ficha do 3º ano: "A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Ricardo. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajuda-lo."
Ficha do 4º ano: "Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula."
Deu-se conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Piorou quando lembrou dos lindos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, com papéis coloridos, exceto o de Ricardo, que estava enrolado num papel de supermercado.
Lembrou que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade.
Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquela ocasião Ricardo ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Relembra, ainda, que ele lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.
Naquele dia, depois que todos se foram, a professora chorou por longo tempo... Em seguida, decidiu mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Ricardo.
Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava. Ao finalizar o ano letivo, Ricardo saiu como o melhor da classe.
Seis anos depois, recebeu uma carta de Ricardo contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera.
As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Ricardo. Mas a história não terminou aqui.
Tempos depois recebeu o convite de casamento e a notificação do falecimento do pai de Ricardo. Ela aceitou o convite e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Ricardo anos antes, e também o perfume.
Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Ricardo lhe disse ao ouvido: "Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença."
E com os olhos banhados em lágrimas sussurrou: "Engano seu! Depois que o conheci aprendi a lecionar e a ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do educando. Mais do que avaliar as provas e dar notas, o importante é ensinar com amor mostrando que sempre é possível fazer a diferença..."
(Autor Desconhecido)
E você...
Tem feito algo pelo próximo e respeitado seus limites?
Tem auxiliado em suas angústias e dificuldades?
Tem partilhado o peso de sua cruz?
Ou será que tem se limitado a julgar e criticar?
Colaboração: Júpiter Sérgio Marândola

segunda-feira, 30 de março de 2009

A Perereca

Havia uma perereca se preparando para comer uma mosca que voava por perto, quando uma perereca macho, que observava a cena, disse:
* Perereca, não coma já a mosca! Espera que a abelha a coma, depois você come a abelha e ficará muito mais bem alimentada.
A perereca assim fez e, efetivamente, passados alguns segundos, veio uma abelha e comeu a mosca. A perereca preparou-se, então, para comer a abelha, mas o macho a interrompeu novamente:
* Perereca, não coma a abelha, ela vai ficar presa na teia da aranha e a aranha vai comê-la, então você come a aranha e ficará mais bem alimentada.
A perereca de novo esperou. A abelha levantou vôo, caiu na teia da aranha, veio a aranha e a comeu. A perereca preparou-se para saltar sobre a aranha, mas de novo, o macho falou:
* Perereca, não sejas precipitada! Há de vir o pássaro que comerá a aranha, que comeu a abelha, que comeu a mosca. Então você poderá comer o pássaro e ficará, sem dúvida, mais bem alimentada.
A perereca, reconhecendo os bons conselhos do macho, aguardou. Logo após, chegou o pássaro que comeu a aranha.
Entretanto, começou a chover, e a perereca, ao atirar-se sobre o pássaro, para comer, escorregou e caiu numa poça d'água...
Esta é a história da "perereca" que por muitos foi deturpada e levada por outros pontos de vista, que certamente não são nem estão próximos do que Deus quer de nós, mas... estou dando significados mais propícios a ela. Servirá a muitos como uma verdadeira lição de vida...
É possível desta pequena história quatro significados, quatro lições de vida:
primeira: Contente-se com o que tens dando sempre graças a Deus, pois, se jamais olhou para os lados, faça isto e veja que muitos não têm nem mesmo o que você possui
segunda: Nunca deixe para amanhã o que se pode fazer hoje. Não deixe que a preguiça, ou maus conselhos te faça cair neste laço maligno que é a preguiça. "Por muita preguiça se enfraquece o teto, e pela frouxidão das mãos a casa goteja". (Eclesiastes 10:18).
terceira: Quem muito quer nada tem. Na maioria das vezes nos arrependemos por não aceitar o que Deus nos dá, então, ficamos na esperança de algo que não é da Sua vontade. Deus somente dá aos "seus filhos" o que Ele achar conveniente, o que Ele certamente sabe que não nos prejudicará. "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco". (I Tessalonicenses 5:18).
quarta: Jamais dê ouvido a conselhos dos outros se não te parecer bom, peça auxílio a Deus e siga os passos de Jesus. A única maneira de ouvir um conselho, é saber se está de acordo com a Bíblia. "Examinai tudo. Retende o bem". (I Tessalonicenses 5:21).
Preparado por Daniel Borges

sexta-feira, 27 de março de 2009

Cicatrizes

Há alguns anos, em um dia quente de verão, um pequeno menino decidiu ir nadar no lago que havia atrás de sua casa.
Na pressa de mergulhar na água fresca, foi correndo e deixando para trás os sapatos, as meias e a camisa.
Voou para a água, não percebendo que enquanto nadava para o meio do lago, um jacaré estava deixando a margem e entrando na água.
Sua mãe, em casa, olhava pela janela enquanto os dois estavam cada vez mais perto um do outro.
Com medo absoluto, correu para o lago, gritando para seu filho o mais alto quanto conseguia.
Ouvindo sua voz, o pequeno se alarmou, deu um giro e começou a nadar de volta ao encontro de sua mãe.
Mas era tarde.
Assim que a alcançou, o jacaré também o alcançou.
A mãe agarrou seu menino pelos braços enquanto o jacaré agarrou seus pés.
Começou um cabo-de-guerra incrível, entre os dois.
O jacaré era muito mais forte do que a mãe, mas a mãe era por demais apaixonada para deixá-lo ir.
Um fazendeiro que passava por perto, ouviu os gritos, pegou uma arma e disparou no jacaré.
De forma impressionante, após semanas e semanas no hospital, o pequeno menino sobreviveu.
Seus pés extremamente machucados pelo ataque do animal, e, em seus braços, os riscos profundos onde as unhas de sua mãe estiveram cravadas no esforço sobre o filho que ela amava.
Um repórter de jornal que entrevistou o menino após o trauma, perguntou-lhe se podia mostrar suas cicatrizes.
O menino levantou seus pés.
E então, com óbvio orgulho, disse ao repórter:
“Mas olhe em meus braços”.
“Eu tenho grandes cicatrizes em meus braços também”.
“Eu as tenho porque minha mãe não deixou eu ir”.
Você e eu podemos nos identificar com esse pequeno menino.
Nós também temos muitas cicatrizes.
Não a de um jacaré, ou qualquer coisa assim tão dramática.
Mas as cicatrizes de um passado doloroso.
Algumas daquelas cicatrizes são feias e causam-nos profunda dor.
Mas, algumas feridas, meu amigo, são porque DEUS se recusou a nos deixar ir.
E enquanto você se esforçava, Ele estava lhe segurando.
Se hoje o momento é difícil, talvez o que está te causando dor seja Deus cravando-lhe suas unhas para não te deixar ir.
Lembre-se do jacaré e muito mais daquele que mesmo em meio a tantas lutas nunca vai te abandonar.
Deus certamente vai fazer o que for necessário para não te perder, ainda que para isso seja preciso deixar-lhe cicatrizes...
Se esta mensagem tocou seu coração, não seja egoísta e divida com outros, pois edificou muito a minha vida e acredito que edificará outras também.
LEMBRE-SE SEMPRE QUE VOCÊ É ESPECIAL PARA DEUS.
Adaptação do texto para PowerPoint (Luciano)

quinta-feira, 26 de março de 2009

Amor Combina Com Liberdade

Havia um homem que possuía muitos pássaros.
Como vivia só, esses animais eram como filhos.
Gostava de todos, mas, havia um,que lhe era especial.
Se tratava de um velho canário belga, que ganhara do pai. O pequenino pássaro, fora o primeiro de sua coleção
e durante longo tempo, sua única companhia.
Mas um dia , sem motivo, o passarinho, apareceu doente. De olhar melancólico nunca mais cantara, queria novamente a sua liberdade.
Perceber e aceitar esse desejo eram coisas que não entravam na cabeça do seu dono.
A atitude do companheiro parecia ingratidão.
Sempre lhe tratara bem.
Nunca lhe deixara faltar alimento e amor.
No entanto, agora essa! " Não vou soltá-lo" ! Concluiu. Algum tempo passou, e o animal foi definhando cada vez mais.
Sua morte parecia iminente.
Não tendo outra escolha o velho homem deixou a gaiola aberta.
O canário com dificuldade andou até a portinhola, permaneceu algum tempo hesitante entre ficar e partir, mas, acabou decidindo pela segunda opção.
Aquele foi um longo dia; solitário e triste...
Na manhã seguinte, o bom homem acordou com um canto idêntico ao do pássaro que partira.
Abrindo apressadamente a janela deparou-se com o amigo que cantava como nunca havia cantado.
Essas visitas se repetiram ainda durante vários anos...
Com as pessoas acontece da mesma forma. Amor não combina com algemas e prisões.
Quem ama deixa sempre às portas abertas à espera que o amor verdadeiro possa se manifestar.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Filhos São Como Navios

Ao olharmos um navio no porto, imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por uma forte âncora.
Mal sabemos que ali está em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar, ao destino para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos.
Dependendo do que a força da natureza lhes reserva, poderá ter que desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos.
Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas.
E haverá muita gente no porto, feliz à sua espera.
Assim são os FILHOS.
Estes têm nos PAIS o seu porto seguro até que se tornem independentes.
Por mais segurança, sentimentos de preservação e de manutenção que possam sentir junto aos seus pais, eles nasceram para singrar os mares da vida, correr seus próprios riscos e viver suas próprias aventuras.
Certo que levarão consigo os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola, mas a principal provisão, além das materiais, estará no interior de cada um:
A CAPACIDADE DE SER FELIZ.
Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada, transmitida a alguém.
O lugar mais seguro que o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali.
Os pais também pensam que sejam o porto seguro dos filhos, mas não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar mar a dentro e encontrar o seu próprio lugar, onde se sintam seguros, certos de que deverão ser, em outro tempo, este porto para outros seres.
Ninguém pode traçar o destino dos filhos, mas deve estar consciente de que na bagagem devem levar VALORES herdados como:
HUMILDADE, HUMANIDADE,HONESTIDADE, DISCIPLINA, GRATIDÃO E GENEROSIDADE.
Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar CIDADÃOS DO MUNDO. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas não podem ser felizes por eles.
A FELICIDADE CONSISTE EM TER UM IDEAL A BUSCAR E TER A CERTEZA DE ESTAR DANDO PASSOS FIRMES NO CAMINHO DA BUSCA.
Os pais não devem seguir os passos dos filhos e nem devem estes descansar no que os pais conquistaram.
Devem os filhos seguir de onde os pais chegaram, de seu porto, e, como os navios, partirem para as próprias conquistas e aventuras.
Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que:
"QUEM AMA EDUCA".
"COMO É DIFÍCIL SOLTAR AS AMARRAS"
(Autoria: Içami Tiba)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Um Menor Abandonado

- Hei!... Olhe para mim, toque em minha mão, sinta o calor do meu corpo, estou aqui, eu existo, ainda resta um brilho em meu olhar.
Não sinta nojo de mim, nem sei de onde vim, só sei do frio nos bancos de praça, vendo os pés das pessoas passando sem me olhar.
Às vezes penso que sou um lixo posto fora, como um papel amassado e jogado na calçada.
Outro dia vi minha imagem na vitrine de uma loja... Eu sou tão pequeno, não tenha medo;
- Sabe tio! Eu tenho tanta vontade de sentar em algum colo, destes que estão aí na praça, vazios e encostar minha cabeça em seu peito, ouvir seu coração batendo, beijar seu rosto, sentir suas mãos em meus cabelos, mas ninguém parece se importar com isso.
Esta manhã um vovô alimentava os pombos, corri até ele com os braços abertos, mas fui mandando embora, pois não queria que espantasse os bichinhos.
Nestas horas eu queria ser uma pombinha, talvez assim alguém gostasse de mim e eu não choraria todos os dias, pois é muito triste não ter o amor das pessoas.
Mas hoje não senti frio!... O dia estava lindo, não chorei, pois apareceu um homem de roupa branca, barba, com a bondade no olhar, pegou minha mão e disse-me:
- Vim te buscar filho!...
Você é muito importante para todos nós.
Fiquei muito feliz ao ver que estava flutuando e subindo junto com ele, sem fome, sem frio e certo de ser amado.
E lá embaixo ficou aquele menino que ninguém queria, inerte, caído, mas com um sorriso nos lábios certo de nunca mais sentir frio, nem fome e
de ter todo o amor do mundo para sempre.
(Eudir Nunes)

quinta-feira, 19 de março de 2009

Bordados Da Vida

Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito.
Eu me sentava no chão, olhava e perguntava o que ela estava fazendo.
Respondia que estava bordando.
Todo dia era a mesma pergunta e a mesma resposta.
Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se encontrava sentada e repetia:
"Mãe, o que a senhora está fazendo?
" Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito estranho e confuso. Era um amontoado de nós e fios de cores diferentes, compridos, curtos, uns grossos e outros finos.
Eu não entendia nada.
Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava:
"Filho, saia um pouco para brincar e quando terminar meu trabalho eu chamo
você e o coloco sentado em meu colo. Deixarei que veja o trabalho da minha posição."
Mas eu continuava a me perguntar lá de baixo:
"Por que ela usava alguns fios de cores escuras e outros claros?"
"Por que me pareciam tão desordenados e embaraçados?"
"Por que estavam cheios de pontas e nós?"
"Por que não tinham ainda uma forma definida?"
"Por que demorava tanto para fazer aquilo?"
Um dia, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou:
"Filho, venha aqui e sente em meu colo.
Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado.
Não podia crer! Lá de baixo parecia tão confuso! E de cima vi uma paisagem maravilhosa!
Então minha mãe me disse:
"Filho, de baixo, parecia confuso e desordenado porque você não via que na
parte de cima havia um belo desenho.
Mas, agora, olhando o bordado da minha posição, você sabe o que eu estava fazendo."
Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito:
"Pai, o que estás fazendo?"
Ele parece responder:
"Estou bordando a sua vida, filho."
E eu continuo perguntando:
"Mas está tudo tão confuso... Pai, tudo em desordem. Há muitos nós, fatos
ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido. Os fios são tão escuros.
Por que não são mais brilhantes?"
O Pai parece me dizer:
"Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se, confie em Mim...
Eu farei o meu trabalho.
Um dia, colocarei você em meu colo e então vai ver o plano da sua vida da minha posição."
Muitas vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas.
As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo.
É que estamos vendo o avesso da vida. Do outro lado, Deus está bordando...
Que Deus faça de suas vidas um "lindo bordado"!
(Desconheço o Autor)

terça-feira, 17 de março de 2009

Dois Mares

Na Palestina existem dois mares.
Um é doce, e em suas águas abundam os peixes; prados, bosques e jardins enfeitam suas margens.
As árvores estendem sobre ele seus ramos, e avançam suas raízes sedentas para beber as águas saudáveis.
Em suas praias brincam aos grupos, as crianças como brincavam quando Jesus ali estava.
Ele amava este mar. Contemplando sua prateada superfície, muitas vezes predicou suas parábolas.
E num vale vizinho deu de comer a cinco mil pessoas com cinco pães e alguns peixes.
As cristalinas águas espumantes de um braço do Jordão, que descem saltando dos cerros, formam este mar que ri e que canta sob a caricia do sol.
Os homens edificam suas casas perto dele e os pássaros seus ninhos.
E tudo quanto ali vive é feliz, apenas por estar às suas margens.
O Jordão desemboca ao sul em outro mar.
Ali não há movimento de peixes, nem sussurro de folhas, nem canto de pássaros, nem risos infantis.
Os viajantes evitam esta rota, a menos que a urgência de seus negócios os obrigue a seguí-la.
Uma atmosfera densa paira sobre as águas desse mar que nem o homem, nem a besta, nem a ave bebe jamais.
A que se deve esta enorme diferença entre dois mares vizinhos?
Não se deve ao rio Jordão; tão boa é a água que lança num como no outro.
Também não se deve ao solo que lhes serve de leito, e nem às terras que o circundam.
A diferença se deve a isto:
O mar da Galiléia recebe as águas do rio Jordão, mas não as retém ou as conserva em seu poder.
Para cada gota que entra, sai uma gota.
O dar e receber se cumpre ali em idêntica medida.
O outro mar é avaro e retém com ciúmes o que recebe.
Jamais é tentado por impulso generoso.
Cada gota que ali cai, é gota que ali fica.
O mar da Galiléia dá e vive.
O outro não dá nada. Chama-se Mar Morto.
HÁ DUAS CLASSES DE GENTE NESTE MUNDO...
HÁ DOIS MARES NA PALESTINA...
(Paulo Rogério Petrizi )

segunda-feira, 16 de março de 2009

Felicidade Realista

A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo.
Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
(Mário Quintana)

sexta-feira, 6 de março de 2009

A Dificuldade De Agradar A Todos

Muitas pessoas se comportam da forma que imaginam que agradará a todos.
Esta metáfora nos fala da impossibilidade de realizar este objetivo e sobre a necessidade de confiarmos em nosso julgamento interno.
Em pleno calor do dia um pai andava pelas poeirentas ruas de Keshan junto com seu filho e um jumento.
O pai estava sentado no animal, enquanto o filho o conduzia, puxando a montaria com uma corda.
"Pobre criança!", exclamou um passante, "suas perninhas curtas precisam esforçar-se para não ficar para trás do jumento.
Como pode aquele homem ficar ali sentado tão calmamente sobre a montaria, ao ver que o menino está virando um farrapo de tanto correr.
O pai tomou a sério esta observação, desmontou do jumento na esquina seguinte e colocou o rapaz sobre a sela.
Porém não passou muito tempo até que outro passante erguesse a voz para dizer:
Que desgraça! O pequeno fedelho lá vai sentado como um sultão, enquanto seu velho pai corre ao lado.
Esse comentário muito magoou o rapaz, e ele pediu ao pai que montasse também no burro, às suas costas.
Já se viu coisa como essa?, resmungou uma mulher usando véu. Tamanha crueldade para com os animais!
O lombo do pobre jumento está vergado, e aquele velho que para nada serve e seu filho abancaram-se como se o animal fosse um divã.
Pobre criatura! "Os dois alvos dessa amarga crítica entreolharam-se e, sem dizer palavra, desmontaram.
Entretanto mal tinham andado alguns passos quando outro estranho fez troça deles ao dizer:
Graças a Deus que eu não sou tão bobo assim!
Por que vocês dois conduzem esse jumento se ele não lhes presta serviço algum, se ele nem mesmo serve de montaria para um de vocês?
O pai colocou um punhado de palha na boca do jumento e pôs a mão sobre o ombro do filho.
"Independente do que fazemos", disse, sempre há alguém que discorda de nossa ação.
Acho que nós mesmos precisamos determinar o que é correto".
Autor Desconhecido

quinta-feira, 5 de março de 2009

A Importância Do Perdão

O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa.
Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:
- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão.
Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado.
Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele.
Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço.
Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e passou mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.
Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:
- Filho como está se sentindo agora ?
- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo.
Que susto! Zeca só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos.
O pai, então lhe diz ternamente:
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você.
O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos...
Cuidado com seus pensamentos, eles se transformam em palavras; Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações;
Cuidado com suas ações, elas se transformam em hábitos; Cuidado com seus hábitos, eles moldam o seu caráter; Cuidado com seu caráter, ele controla o seu destino.
(Desconheço o Autor)

terça-feira, 3 de março de 2009

Rastros De Minha Vida

Eu era um jovem feliz, não tinha vícios, vivia muito bem com minha família. No meu bairro era exemplo, sempre ajudando a comunidade.
Meu maior sonho era de um dia me casar, ter filhos e construir minha família.
Um dia conheci “Alice”, uma linda jovem com quem namorei por oito anos e me casei. Apesar de alguns problemas financeiros, éramos muito felizes. Para minha felicidade aumentar ainda mais, faltava nosso filho. Foram três longos anos fazendo tratamentos, pois nós tínhamos dificuldades em ter filhos. Finalmente minha esposa ficou grávida, quando recebi a notícia, meu coração parecia explodir de tanta alegria.
Depois de nove meses, nasceu “Everton” um lindo menino. No primeiro ano, tudo era alegria!. Quando chegava do trabalho dedicava todo meu tempo para minha família. Porem ao passar dos dias comecei a sair com alguns amigos. No início, saíamos para beber umas e outras e logo voltava para casa. Com o passar do tempo comecei a sair mais vezes, voltar mais tarde e na maioria das vezes bêbado, já não tinha mais tempo para minha família. As brigas eram constantes, caí no mundo das drogas, mulheres, tudo parecia uma fantasia, tudo para mim era bom. Um dia, saindo de casa, meu filho de um ano e dez meses, me abraçou com muita força e disse: Papai fica papai! Brinca comigo. Mais eu não dei atenção para meu filho, que ficou chorando, e sai para a “noitada”. Mais tarde meu filho caiu de um brinquedo e sofreu um grande corte na perna.
Minha esposa me ligou, quando vi que era ela não atendi. Não havia carro próximo de onde morávamos e ela demorou em levar nosso filho ao médico. Quando chegou lá, era tarde demais. A voltar para casa, caí direto na cama, nem senti falta deles. Mais tarde alguém veio me chamar: “Everaldo”, teu filho sofreu um acidente com um brinquedo, e devido à demora para levá-lo ao hospital, ele sofreu uma hemorragia e morreu.
Naquele momento, minha vida acabou. O mundo caiu sobre minha cabeça, de tanta culpa, não tive nem coragem de ver meu filho pela ultima vez. Só lembro que tomei veneno, e quando acordei, estava em um leito de hospital. Fiquei lá por um ano e dez meses, exatamente a idade que meu filho tinha. Perdi meu filho, minha esposa e minha vida.
Já passaram dez anos e eu nunca mais voltei a sorrir. Essa dor que aperta meu coração me acompanha onde quer que eu vá.

OBS.: Essa é uma historia real. Peço, pelo amor de Deus, não cometam o erro que cometi. Tentei suicídio e não consegui.
Agora penso em vencer, para contar ao mundo esta triste experiência que me atormenta até os dias de hoje. Quero que todos que lerem esta mensagem, pensem muito bem antes de deixarem suas famílias e saírem em busca de aventuras e prazeres passageiros...

Enviada por Divalter

segunda-feira, 2 de março de 2009

Uma Lição De Vida

No primeiro dia de aula nosso professor se apresentou aos alunos, e nos desafiou a que nos apresentássemos a alguém que não conhecêssemos ainda.
Eu fiquei em pé para olhar ao redor quando uma mão suave tocou meu ombro.
Olhei para trás e vi uma pequena senhora, velhinha e enrugada, sorrindo radiante para mim. Um sorriso lindo que iluminava todo o seu ser.
Ela disse:
"Ei, bonitão.
Meu nome é Rosa.
Eu tenho oitenta e sete anos de idade.
Eu ri, e respondi entusiasticamente:
"É claro que pode!", e ela me deu um gigantesco apertão.
Não resisti e perguntei-lhe: "Por que você está na faculdade em tão tenra e inocente idade?", e ela respondeu brincalhona:
"Estou aqui para encontrar um marido rico, casar, ter um casal de filhos, e então me aposentar e viajar."
"Está brincando", eu disse. Eu estava curioso em saber o que a havia motivado a entrar neste desafio com a sua idade, e ela disse:
"Eu sempre sonhei em ter um estudo universitário, e agora estou tendo um!"
Após a aula nós caminhamos para o prédio da união dos estudantes, e dividimos um
milkshake de chocolate. Nos tornamos amigos instantaneamente.
Todos os dias nos próximos três meses nós teríamos aula juntos e falaríamos sem parar. Eu ficava sempre extasiado ouvindo aquela "máquina do tempo" compartilhar sua experiência e sabedoria comigo.
No decurso de um ano, Rose tornou-se um ícone no campus universitário, e fazia amigos facilmente, onde quer que fosse.
Ela adorava vestir-se bem, e revelava-se na atenção que lhe davam os outros estudantes. Ela estava curtindo a vida!
No fim do semestre nós convidamos Rose para falar no nosso banquete de futebol. Jamais esquecerei o que ela nos ensinou.
Ela foi apresentada e se aproximou do podium. Quando ela começou a ler a sua fala, já preparada, deixou cair três, das cinco folhas no chão.
Frustrada e um pouco embaraçada, ela pegou o microfone e disse simplesmente:
"Desculpem-me, eu estou tão nervosa!
Eu não conseguirei colocar meus papéis em ordem de novo, então deixem-me apenas falar para vocês sobre aquilo que eu sei."
Enquanto nós ríamos, ela limpou sua garganta e começou:
"Nós não paramos de jogar porque ficamos velhos; nós nos tornamos velhos porque paramos de jogar.
Existem somente quatro segredos para continuarmos jovens, felizes e conseguir o sucesso.
Primeiro, você precisa rir e encontrar humor em cada dia.
Segundo, você precisa ter um sonho.
Quando você perde seus sonhos, você morre. Nós temos tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem desconfiam!
Terceiro, há uma enorme diferença entre envelhecer e crescer.
Se você tem dezenove anos de idade e ficar deitado na cama por um ano inteiro, sem fazer nada de produtivo, você ficará com vinte anos.
Se eu tenho oitenta e sete anos e ficar na cama por um ano e não fizer coisa alguma, eu ficarei com oitenta e oito anos.
Qualquer um, mais cedo ou mais tarde ficará mais velho.
Isso não exige talento nem habilidade, é uma conseqüência natural da vida.
A idéia é crescer através das oportunidades.
E por último, não tenha remorsos.
Os velhos geralmente não se arrependem por aquilo que fizeram, mas sim por aquelas coisas que deixaram de fazer.
As lágrimas mais amargas diante de um túmulo, são mais por palavra não ditas do que por palavras ditas, portanto, não tenha medo de viver.
Ela concluiu seu discurso cantando corajosamente "A Rosa".
Ela desafiou a cada um de nós a estudar poesia e vivê-la em nossa vida diária.
No fim do ano Rose terminou o último ano da faculdade que começara há tantos anos atrás.
Uma semana depois da formatura, Rose morreu tranqüilamente em seu sono.
Mais de dois mil alunos da faculdade foram ao seu funeral, em tributo à maravilhosa mulher que ensinou, através de seu exemplo, que nunca é tarde demais para ser tudo aquilo que você pode provavelmente ser, se realmente desejar.
"Ficar velho é obrigatório, crescer é opcional".