Vez por outra acreditamos que
não temos mais caminhos a percorrer sozinhos e estacionamos nosso caminhão de
esperanças na beira da estrada.
Nunca se amadurece o
suficiente a ponto de estarmos preparados para retomar o trajeto
desacompanhados. Mas somos nós mesmos os únicos responsáveis por nossas
esperanças.
Quando corremos até a estação
e iludidos observamos os passageiros que descem do trem, criamos expectativas a
respeito de cada um deles e muitos nos ajudam a aumentá-las, contribuindo para
que nossos sonhos tomem proporções desastrosas.
Passado pouco tempo eles
embarcam no mesmo trem que chegaram, nos deixam um simples até logo, querendo
nos fazer crer que ainda voltarão, mas sabemos que isso não é verdade, porque
cada trem que parte daquela estação, não retorna.
No entanto outros chegarão,
carregados de pessoas e boas intenções, mas como os anteriores, também farão
uma parada rápida... e então? será que teremos aprendido a lição?
Melhor talvez voltarmos para
aquela estrada, tomarmos novamente o comando daquele caminhão que deixamos
abandonado e carregarmos todas aquelas esperanças para algum lugar mais seguro,
algum lugar onde ninguém possa lançar mão delas como se fosse uma diversão.
Nossas esperanças são a parte
mais valiosa das nossas vidas. É através delas que respiramos no dia a dia, que
conservamos nosso lado inocente, que conseguimos atravessar o hoje e chegarmos
ao amanhã.
Podar as esperanças de alguém
deveria constar do código penal como crime hediondo, inafiançavel e sujeito a
pena máxima.
... mas segue a estrada,
enfrenta os buracos, as lombadas, as curvas perigosas, a chuva, a noite fria,
porque em algum lugar... ela há de chegar.
Silvana Duboc
Colaboração: Carlos E. Della
Justina
Nenhum comentário:
Postar um comentário