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terça-feira, 2 de abril de 2013

Prossiga O Enterro


Esta história é muito conhecida , mas compensa repetir pelo sabor popular e pela lição que encerra. Era uma vez um rapaz que não tinha vontade nenhuma de trabalhar. Doença? Transtorno mental? Depressão? Preguiça? Sua mãe, uma pobre viúva, morava num casebre e mal conseguia manter a casa e o filho marmanjo:
- Meu filho, fulano tem um bom serviço para você...
- Mãe, estou muito cansado. Não dormi bem essa noite.
- Pudera, meu filho! Você dorme o dia inteiro. Não sobra nada para a noite.
Os amigos brincavam com ele:
- Tenho uma enxada bem encabada. Dou de presente. Limpe o quintal, faça uma horta...
- A enxada é boa, mas o cabo deixa calo na mão...
Nem a pobre mãe e nem os amigos conseguiam convencê-lo a se ocupar com alguma coisa. Por fim, para evitar tanta importunação, resolveu morrer. Fingiu de morto, porque tinha preguiça até de se matar. Para abreviar a história, pediu que o levassem para o cemitério. Formou-se um pequeno cortejo fúnebre, e lá se foi ele deitado no caixão. Como era muito conhecido naquela cidadezinha, choveram os comentários. Alguns de zombaria, outros de dó. O dono de uma mercearia viu tudo e arriscou dar uma ajuda:
- Quincas, já sei qual é seu problema. Quero ajudá-lo com um saco de arroz. 
O “defunto” ergueu pesadamente a cabeça e perguntou com voz sumida:
- É com casca ou sem casca?
- Com casca. Mas é fácil limpar.
- Agradeço...Toquem o enterro pra frente...

Lição: Deixando pra lá os maus juízos e o lado humorístico da história, há muito de verdade nisso. São Paulo já dizia com uma pitada de humor: “Ora, ouvimos dizer que entre vós há alguns que vivem à toa, muito ocupados em não fazer nada” (2Ts 3,7-12)

Colaboração: Carlos E. Della Justina

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